26 de abr. de 2011

NÃO FALE MAL DO UWE BOLL SENÃO ELE TE PEGA. Bloodrayne (2005) de Uwe Boll.

Você já ouviu falar sobre o polêmico diretor alemão Uwe Boll? Eu já havia escutado alguma coisa sobre um diretor de cinema que havia desafiado alguns críticos para uma luta de boxe, mas a notícia me passou batido. Mais recentemente vi que ele havia sido indicado ao Framboesa de Ouro (Prêmio que elege as piores produções do cinema), na categoria Pior Carreira Cinematográfica. E ainda mais recentemente que haviam criado uma lista de assinaturas para que ele parasse de dirigir filmes! Todas essas críticas negativas me chamaram muita atenção, afinal com tanto filme ruim sendo elogiado, quem sabe o tão difamado Uwe Boll não esteja produzindo algo honesto.

O filme que assisti foi Bloodrayne, adaptação de um jogo de video game. O custo de produção foi de R$25 milhões de dolares. E o filme trás no elenco, Michael Madsen "Cães de Aluguel" (1992), Kristianna Loken "O Exterminador do Futuro 3" (2003), Ben Kingsley "A Ilha do Medo" (2010), e Michelle Rodrigues "Velozes e Furiosos" (2001), o que deixa o filme com um elenco médio, atores que normalmente fazem papéis secundarios, mas que no filme de Boll estão fazendo o papel principal. Quanto a produção, por ser uma história de vampiros, e medieval, o filme conta com vários cenários, inclusive castelos, pode-se dizer que é uma boa produção.

Bloodrayne conta a história de Rayne, uma mestiça meio-vampira meio-humana, cuja mãe foi violentada e assassinada por Kagan, e que agora busca vingança. No começo do filme Rayne é mantida presa em um circo de horrores onde é usada como atração. Ela escapa e se une a um grupo de caçadores de vampiros, e "juntos" eles vão atrás de Kagan.

O filme mantém durante todo o tempo a atmosfera de Live Action RPG (Onde jogadores de RPG fantasiam-se e interpretam personagens) o que combina bastante com a origem da sua história vinda dos video games. E nada de morte limpa ao estilo Hollywoodiano, sai muito sangue a cada espadada certeira.

Mas porque tem tanta gente chorando e falando mal de Boll? Uma explicação pode estar no que dizem os diversos videos contra Boll no YouTube, porque os filmes dele dão pouco dinheiro, e valem o quanto custam. E isso significa que, se alguém pode fazer filmes e obter um lucro honesto, o que será daqueles que super-faturam o orçamento de seus filmes?


17 de abr. de 2011

"Bill e Ted - Uma Aventura Fantástica" (1989), de Stephen Herek

Em “Bill e Ted - Uma Aventura Fantástica”, Ted será enviado para um colégio militar caso Bill e ele, saiam-se mal no relatório final de História da Humanidade, cujo tema é, “O que importantes figuras históricas achariam de San Dimas em 1988”. Acontece que para o futuro Bill e Ted serão pessoas muito importantes e diante da iminente reprovação, Rufus é enviado do futuro para ajudá-los a se sair bem no teste e evitar que os dois sejam separados. Para isso eles receberão de Rufus uma máquina do tempo em forma de cabine telefônica, com a qual poderão visitar diferentes períodos da história.

Eles são muito importantes para o futuro da humanidade, isso não lembra outro filme? “O Exterminador do Futuro” (1984). E me diga se eu estou enganado, mas essa cabine tem alguma coisa que lembra o De Lorean o carro maquina do tempo de “De Volta para o Futuro” (1985).

Infelizmente a parte que deveria ser a mais interessante do filme, que é o encontro das protagonistas com as figuras históricas, Napoleão, Sócrates, Freud, Beethoven, Gengis Khan, Abraham Lincon, não é explorada para valer e realmente não acrescenta nada ao filme.

Mas não desanimem de assistir a franquia ela fica melhor no segundo filme, “Bill e Ted - Dois Loucos no Tempo” (1991). Segundo Keanu Reaves que interpreta Ted, em breve teremos mais uma continuação.

PARA ACOMPANHAR: PIPOCA


9 de abr. de 2011

FEMININO E MASCULINO. "Cisne Negro" de Darren Aronofsky (2010).

Quando assisti "Fonta da Vida" (2006) do diretor Darren Aronofsky, achei que o filme não chegava onde se propunha, também achei o filme exagerado, e que Hugh Jackman não era o ator ideal para o papel. Quando assisti "O Lutador" (2008), do mesmo diretor, primeiro torci o nariz, mas acabei reconhecendo que é um bom filme. Eu nem sabia que Aronofsky também era o diretor de "π" (1998) e "Réquiem para um Sonho" (2000) até o momento em que comecei a escrever essa crítica. Quando assisti "Cisne Negro" (2010) achei que o filme não era tão bom quanto todos estavam falando. E depois disso tudo cheguei a conclusão que deveria parar de ser tão chato com esse diretor.

"Cisne Negro" conta a história da bailarina Nina Sayers, interpretada por Natalie Portman. A garota sofre tanta pressão para ser uma bailarina incrível que surta.

Voltando a Aronofsky, analisando "Cisne Negro" dentro do conjunto dos seus filmes, o que pode-se dizer é que se "O Lutador" é o mundo masculino, "Cisne Negro" é o feminino. Enquanto Randy Robson, interpretado por Mickey Rourke, é um trator infreável que acaba derrubando o que estiver em sua frente, Nina Sayers, é um vidro de perfume que se usa de pouquinho em pouquinho até que se acabe.

Existe algo mais que conecta Randy Robson a Nina Sayers, os dois são incansáveis. Isso está presente na atmosfera dos filmes o tempo inteiro, na interpretação dos atores, na frieza da fotografia, no encadeamento de acontecimentos, no final dos filmes o espectador sente-se aliviado por poder respirar novamente.

PARA ASSISTIR COMENDO: CHOCOLATE.


2 de abr. de 2011

COMO FAZER UM FILME COM U$5.000,00. "127 horas" (2010) e "Enterrado Vivo" (2010).

Quem se lembra do filme "A Bruxa de Blair" (1999), de Daniel Myrick e Eduardo Sánchez? Esse filme marcou o mercado cinematográfico arrecadando 248 milhões de dólares e custando para para os produtores apenas 60 mil dólares. Recentemente, o lançamento de "Atividade Paranormal" (2007), de Oren Peli, arrecadou 193 milhões de dólares e custou menos ainda, somente 15 mil dólares.

Em 2010 foram lançados "127 horas" de Danny Boyle "A Praia" (2000), e "Enterrado Vivo" de Rodrigo Cortés. "127 horas" conta a história real de um jovem que ao se aventurar por uma região de cânions em Utah, EUA, fica preso entre rochas sem socorro. "Enterrado Vivo" conta a história de um motorista de caminhão que está trabalhando no Iraque; ele é capturado e enterrado, por terroristas, em uma caixa de madeira. O foco principal dos dois filmes são os momentos de angústia vividos pelos protagnonistas. Um único cenário. Atuações solitárias. "127 horas" ainda recebeu 3 indicações para o Globo de Ouro, e 6 para o Oscar.

Infelizmente eu precisarei decepcioná-los leitores internautas, mas esses filmes não custaram 5 mil dólares. Segundo o orçamento divulgado de "127 horas" foram gastos 18 milhões para sua produção e, segundo Roberto Cortés, o custo da produção de "Enterrado Vivo" foi de aproximadamente 3 milhões de dólares. Pelo menos foi isso que disseram. Compare esses filmes com os que citei acima e veja se você consegue me responder, onde foi gasto esse dinheiro todo? Os filmes não custaram U$5.000,00, mas bem que poderiam ter custado, não poderiam?!