Vejam o exemplo de “Batman Begins”, esse filme não é de maneira alguma um filme de super-herói. É notável que os produtores resolveram mudar algo nesse filme que afeta diretamente premissas fundamentais de um filme de herói. Eles decidiram fazer de Batman uma pessoa comum como eu e você, e tentaram provar que é possível para qualquer um ser um Batman recebendo o devido treinamento. E se Batman é uma pessoa comum ele não é um super-herói.
O exemplo de “Batman Begins” é o primeiro mas não o único motivo que me leva a questionar o leitor internauta. O segundo motivo talvez seja ainda mais polemico. É um fato que filmes de super-heróis e efeitos especiais sempre estiveram intimamente ligados, o filme de super-herói não existiria sem efeitos especiais. O que vem acontecendo entretanto depois do surgimento da CG ( Computação Gráfica ) é que ela vem ocupando cada vez mais espaço dentro dos filmes de super-heróis, deixando menos espaço para atores reais e performances em frente a câmera. Hoje metade de um filme de super-herói é feito diretamente em frente a um computador, e o resultado final é algo que está mais para uma animação do que para um filme propriamente dito.
Eu sugiro então ao leitor internauta que depois de ler esses breves levantamentos, assista novamente Homem Aranha 1, e relembre agora com outros olhos, as cenas típicas de um filme de super-herói, como a clássica cena onde Mary Jane é perseguida no beco por bandidos de rua. Avalie também o balanceamento na utilização dos efeitos especiais. E depois me diga, esse não é o último filme de super-herói?
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